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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tio Vasco, Aprendiz de Enfermeiro


Já não é a primeira vez que falo aqui deste Tio que, salvo erro, é o terceiro na ordem de filiação dos meus Avós (tiveram oito filhos…).
Homem dos sete ofícios, antes de sair de vez de Macau, tentou a Enfermagem. Não sei como isso funcionava, só que, contou-me ele, faziam muito trabalho prático, a par do teórico. Penso que já disse que era uma pessoa muito sensível, inteligente e com uma grande capacidade de adaptação.
A parte teórica não era problema, a prática também não, até porque tinha muito jeito para o trabalho manual: limpar, lavar, fazer curativos e pensos tudo era feito com a maior das perfeições.
Só que, há sempre um “que”… Certo dia, estando no bloco operatório com um grupo de colegas a assistir a uma intervenção de rotina, logo que o bisturi abriu o paciente, deu-lhe um “vaip” e “pimba” cai redondamente no chão. Foi um escândalo dos diabos. Mas como ele até era bom no que fazia, lá continuou a sua formação.
O pior foi num dia, em que depois de dar banho a um doente, trabalho feito com todo o cuidado e segundo as normas, quando o dito já estava todo arranjado e pronto a ser tapado na cama, deu-lhe uma volta ao estômago e lá vai de vomitar… para cima do meu Tio. Este, por sua vez, não aguentou a descarga, vomitou para cima do paciente.
E por aí ficou a experiência hospitalar do meu Tio Vasco como Aprendiz de Enfermeiro.

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