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terça-feira, 22 de junho de 2010

"Poéma di Macau"


“Poéma di Macau”

Pa vôs, Macau quirido, pequinino,
Nésga di chám pa Dios abençoado,
Macau cristám, qui fórça di destino
Já botá na caminho alumiado;
Pa vês, iou pensá vêm co devoçám,
Rabiscá unga poema di amôr,
Enfeitado co vôs no coraçám,
Pa têm mercê di bénça di Sinhôr.
Tera qui nôsse Rê chomá lial,
Sômente unga: sã vôs, bunitéza,
Filo di coraçám di Portugal,
Alma puro inchido di beléza.
Iou querê vêm contá co sentimento,
Vôsso estória pa mundo uvi!
— Qui di péna fino? Qui di talento?
Ai, qui saiám Camões nom-têm aqui!


“Poema de Macau”

Para ti, Macau querida, pequenina,
Nesga de terra por Deus abençoada
Macau cristão, que a mão do destino
Colocou no caminho iluminado;
Para ti, pensei vir com devoção,
Compor um poema de amor,
Contigo enfeitado no coração,
 E assim merecer a bênção do Senhor.
Terra que um nosso Rei chamou leal,
Só uma: és tu, graciosa
Filha do coração de Portugal,
Alma cândida, impregnada de beleza;
Quero vir contar com sentimento,
A todo o mundo a tua história!
(…)
 Ah, que pena não estar aqui Camões»

Mais um  poema do grande poeta popular macaense José dos Santos Ferreira ("Adé"), com uma tradução livre incompleta, sem indicação de tradutor.


Foto da net

1 comentário:

  1. Caro Reinaldo, de quando em vez sigo o seu blog e gosto muita das histórias que conta; gostava de entrar em contacto consigo para falarmos de alguns projectos onde necessitava da sua colaboração; fico a aguardar; e-mail macauantigo@gmail.com cumps

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