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domingo, 17 de janeiro de 2010

Mário Vasco, meu Irmão


Nasceu quando eu tinha quatro anos, faz hoje 56 anos. Como era hábito na altura, nasceu em casa, ajudado por uma parteira chinesa (diplomada, como a nossa Mãe fazia questão de sublinhar...).
Era suposto meu irmão nascer numa sexta-feira; os sinais de parto tinham começado cedo. Chamada a parteira, depois de observar a parturiente, mandou pôr uma panela de água ao lume para aquecer e iniciou os preparativos para a chegada da cegonha.
Só que não contava com um pequeno pormenor: Avó-Má. "O meu neto não vai nascer numa sexta-feira, dia da morte do Senhor!", dizia.
"Que disparate, minha senhora, não vê que a sua filha já tem a dilatação bastante adiantada? Já falta pouco", respondia a parteira.
Avó-Má não falou mais; sacando do terço que a acompanhava sempre, iniciou silenciosamente uma série interminável de Avé-Marias e Padre-Nossos.
Dum lado a experiência e a ciência, do outro a Fé. No meio disto, o desespero (...) da criada A-Hen, que viu ferver e secar várias vezes a panela de água até ser utilizada.
O meu irmão nasceu, segundo os anais, às 00H30 de 17 de Janeiro, um Sábado.
Trazia o cordão umbilical enrolado no pescoço, situação que a parteira, experiente, resolveu num ápice. A parteira nunca se convenceu se não haveria uma mãozinha sobrenatural nisso tudo.
Era carequinha e tinha os três quilos e picos da ordem. Dos três irmãos, foi considerado, mais tarde, o mais bonito à nascença.
Foi baptizado como Mário (nome de um tio paterno) e Vasco (nome de um tio materno).
Parabéns Irmão!
Foto: eu e o meu irmão

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