Este Blog não adere ao Novo Acordo Ortográfico

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Uma estória em patuá: Soldado Serafim

Serafim sãn unga soldado di nosso Exército Português qui já vem p’ra Macau assentá praça, na Fortaleza di Monte.
Unga dia, Comandanti chomá ele p’ra su gabinete e falá assi:“Soldado Serafim, iou teng unga missão ui-di importante p’ra vos cumpri! Sã unga carta ui-di confidencial qui iou já iscreve para o Sium Pisidente di Leal Senado. Vos azinha-azinha vai entrega istunga carta cavá volta mostra iou protocolo assinado. Ouvi nunca?!?”“Sim, Sium Comandanti! … Dá licença?” …Serafim baté pala, fazê meia-volta volver, e marcha sai di gabinete di comandante.
Cá fora, Serafim tremê de mêdo... “Qui ramêde… iou nun sabi ondi ficá Leal Senado… iou novo-novo chega como logo sabi?. Se fazâ asneira, certamente há-di fica ferrado!”Cuza logo faze, tropa falá sã teng qui desenrasca.Serafim pirgunta A – “Iou nom sabi”… pirgunta B “Ahnnn parece qui…” “Ayaaa – pensa Serafim... ”vosotro todo vai chera corda-nã… Iou vai tesa peito e onçong logo vai encontra…
Macau nunca sã grandi nunca sã”?E pega su bicicleta, descê Baixo Monte e quando chega Cinema Capitol, olá direita e olá esquerda… mas non sabi qual lado vira… e agora?De repenti, logo na porta di Cinema Capitol ele olá unga china acocorado, con dois cesto na châm.Sarafim aproxima dele e falá com ar de tiro-grande – ele sã tropa, cidadán teng de obedecer:
- Ouvi, vôs sabi ondi fica Leal Senado?
China non sabi português, olá p’ra Serafim e gritá: Lá longi… lá longi!
- Ahn? Qui cuza? Fica longi?E china torna grita: Lá longi… lá longi!
Sarafim torna pirgunta: Lá longi … p’ra ali? E aponta p’ra lado di Igreja de S. Domingos…E china contiua grita: Lá longi… lá longi!
E Serafim vai anda p’ra lado de S. Domingos… mas, quando chega na meio, ouvi china torna gritá:“Fica qui… fica qui!”Sarafim volta p’ra trás novamente, ui-di reva, pirgunta china:“Oh pá, vos tá brinca com iou? Iou non teng tempo p’ra bricadera, ouvi nunca?”
E china torna grita: Lá longi… Lá longi …. e cavá “Fica qui! Fica qui!”…
“Ai, vôs mufino! querê brinca co tropa?” E Pronto! Serafim perde cabeça e dá unga grandi chapada na china…China pelêng-polông cai na chám e começa berra “Aiooohhhhhh... Kau meng-háaaaaaa… ngau sok dále genti…. quim vem acudi iou“...
Na confusán chega puliça-pau e levá tudo dois p’ra esquadra.Na esquadra, Sium Comissário Piteira pirgunta Serafim:
“Qui cuza vos dále china?”“Iou dále china porque china goza iou” e conta tudo tin-tin por tin-tin p’ra comissário.
Na fim, Comissário Piteira, bota mang na cabeça e fala:
“Ayaaaa…Vos já confundi cu co calçam já! China nunca sãn goza vos, ele non sabi português… ele falá ele vende LARANJA e FIGO-CÁQUI!

13/07/2007, Texto de Fausto Manhão

Fotos da Fortaleza do Monte na actualidade, transformado em jardim. (da Net)

"Cattering e Take Away..."

Há 50 anos, em Portugal nem se sonhava ainda com a ASAE, os dias e as noites de Macau eram alegrados pela variedade de pregões dos vendedores ambulantes, que sazonalmente, faziam chegar ao consumidor esfomeado os mais diversos comestíveis.

Nas ruas, em tendas fixas, era o pato assado, a carne de porco assada, o leitão assado, doce, picante, agri-doce; em grandes woks, envoltos em cheiro de açúcar caramelizado, castanhas eram assadas no meio de gravilha aquecida ao rubro; canja de galinha fervente, acompanhada de uma espécie de fartura, faziam um pequeno-almoço de grande procura; sopa de fitas de massa fresca com cebolinho e molho de soja (sempre presente); pasteis de massa de arroz recheados com um cubinho de açúcar mascavado satisfaziam os mais gulosos. As lulas fritas, espetadas num pauzinho e temperadas com molho de piri-piri ou molho inglês ou mostarda, faziam as delícias das noites de verão à beira-mar. O grande problema era a escolha.

Mesmo sem se deslocar, era possível satisfazer os estômagos, através dos vendedores ambulantes, que transportavam tudo aos ombros, nas extremidades de um pau: pão fresco em tambores de lata forrada com tecido branco; caril de carne e arroz branco, quentinhos; sopa de massa chinesa e respectivo acompanhamento, feito na hora, à nossa frente; gelatinas diversas fresquinhas, os gelados, naturalmente…

Dizem-me (quem lá esteve há pouco tempo) que as coisas estão diferentes. Para melhor, espero eu.

Tal como as nossas bolas de Berlim nas praias, nunca ouvi falar de alguém incomodado pelas salmonelas. A higiene podia ser duvidosa… mas lá que sabia bem… era barato e a qualquer hora.

Foto 1 - Em tendas fixas em plena via pública, pode-se comer de tudo.
Foto 2 - Moderno vendedor de castanhas assadas.


domingo, 24 de janeiro de 2010

"Comer é divinal" (Confúcio)

Como nem só de memórias vive o Homem, hoje vou entrar no campo da gastronomia, macaense, evidentemente.
Avó-Má cozinhava bem. Com marido e oito filhos a isso foi obrigada. No colégio de freiras onde estudou e viveu parte da sua vida, aprendeu muitas receitas que transmitiu às filhas. Com a minha Mãe, procurei compilar as que pude e assim, tenho um conjunto muito alargado de receitas culinárias de família, que, pomposamente, denominei "As Nossas Receitas", onde cabem as do meu lado e as do lado da minha Mulher, das que vou pesquisando e integrando, além das que os nossos Amigos nos vão dando.
Quero partilhar convosco uma receita tradicional caseira de Macau. Como todas as receitas familiares, têm as suas versões próprias. Esta é a nossa. É um prato característico de Macau, muito simples. Sofreu algumas alterações para o adequar aos novos conceitos de alimentação saudável.


"Carne de vaca* com couve-flor"
1 - Ingredientes
 • Carne de Vaca para bife (tenra, cortada em lâminas), excepto picanha.

 • Couve-Flor
 • Molho de soja (já se encontra em qualquer supermercado)
 • Cebola e Alho
 • Açúcar, sal, pimenta e farinha
 • Azeite (originalmente utilizava-se banha)
2 - Preparação
 • Tempera-se a carne com uma colher de café de açúcar, sal, pimenta e molho de soja. Junte uma colher de sobremesa de farinha e misture.
 • Corta-se a cebola em meias luas e pica-se o alho. Arranja-se a couve-flor em pequenos ramos.
 • Num tacho (ou wok) aquece-se um pouco de azeite. Refoga-se a cebola em lume brando até começar a querer aloirar.Junte a carne e o alho, aumente o lume e mexa para fritar rapidamente. Acrescente a couve-flor, misture novamente, baixe o lume e tape o tacho (wok) para cozer a couve-flor. Se for necessário junte um pouco de água e/ou molho de soja. Tenha em atenção o sal, porque o molho de soja já é salgado.
 • Serve-se com arroz branco, solto, cozido em água sem sal.
* Também pode ser feita com carne de porco, lombinho, por exemplo.
Bom Apetite.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Dolci papiaçan di Macau" (Adé)



O título de hoje, traduzido à letra significa algo como "O doce papaguear de Macau". O autor da frase, José dos Santos Ferreira (1919-1993), também conhecido por Adé, foi talvez o último poeta popular de Macau.
Homem dos sete instrumentos, dedicou-se à recolha e ao estudo das palavras que constituem o "Patuá", o dialecto macaense, que dominou como ninguém.
Poeta, escritor, investigador, músico compositor, jornalista, radialista, homem do desporto, já não o conheci pessoalmente.
A minha Mãe falava muito dele, porque quando era nova tinha sido treinada por ele em Atletismo, onde conseguiu alguns resultados de relevo.
Muito do que escreveu foi compilado em sete volumes: "As Obras Completas de Adé" editadas pela Fundação Macau, em dialecto macaense.
Eu não aprendi o patuá (apenas os macaenses mais antigos o utilizavam), mas de Avó-Má e mesmo da minha Mãe, retive muitas palavras desgarradas.
Neste momento, corre um processo para a UNESCO reconhecer o patuá de Macau como Património Cultural da Humanidade, já que corre o risco de desaparecer para sempre, com a Diáspora Macaense.
Quero deixar-vos com um excerto de um poema de Adé. Apesar de escrito em patuá sem tradução, com uma leitura atenta não será muito difícil entender o sentido geral das palavras.
Esta é a minha terra que convosco partilho:

"...
Masqui ramendá unga tosco bote,
Largado na mar co ónda picánte,

Quim pôde isquecê acunga dote
Qui já dá vôs grandura di gigánte!
Pa quim buscá luz, vôs sandê candia;
Quim passá fome, vêm aqui têm pám;
Pa quim ta fuzi, susto ventania,
Vôs dá teto co paz na coraçám."
(José dos Santos Ferreira, in Obras Completas de Adé)

Na foto, José dos Santos Ferreira


domingo, 17 de janeiro de 2010

Mário Vasco, meu Irmão


Nasceu quando eu tinha quatro anos, faz hoje 56 anos. Como era hábito na altura, nasceu em casa, ajudado por uma parteira chinesa (diplomada, como a nossa Mãe fazia questão de sublinhar...).
Era suposto meu irmão nascer numa sexta-feira; os sinais de parto tinham começado cedo. Chamada a parteira, depois de observar a parturiente, mandou pôr uma panela de água ao lume para aquecer e iniciou os preparativos para a chegada da cegonha.
Só que não contava com um pequeno pormenor: Avó-Má. "O meu neto não vai nascer numa sexta-feira, dia da morte do Senhor!", dizia.
"Que disparate, minha senhora, não vê que a sua filha já tem a dilatação bastante adiantada? Já falta pouco", respondia a parteira.
Avó-Má não falou mais; sacando do terço que a acompanhava sempre, iniciou silenciosamente uma série interminável de Avé-Marias e Padre-Nossos.
Dum lado a experiência e a ciência, do outro a Fé. No meio disto, o desespero (...) da criada A-Hen, que viu ferver e secar várias vezes a panela de água até ser utilizada.
O meu irmão nasceu, segundo os anais, às 00H30 de 17 de Janeiro, um Sábado.
Trazia o cordão umbilical enrolado no pescoço, situação que a parteira, experiente, resolveu num ápice. A parteira nunca se convenceu se não haveria uma mãozinha sobrenatural nisso tudo.
Era carequinha e tinha os três quilos e picos da ordem. Dos três irmãos, foi considerado, mais tarde, o mais bonito à nascença.
Foi baptizado como Mário (nome de um tio paterno) e Vasco (nome de um tio materno).
Parabéns Irmão!
Foto: eu e o meu irmão

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"Contra a Indiferença"


Tenho a consciência de que este meu blog tem uma divulgação muito, mas muito restrita. Não quero, no entanto deixar de linkar para o blog do Dr. FERNANDO NOBRE e lembrar que a AMI está no terreno massacrado do Haiti.
Quero igualmente convidar todos quantos por aqui passarem a dar a sua ajuda da forma que entenderem e puderem.
Para aceder ao blog de Dr. Fernando Nobre, clique na citação a seguir:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Chinesices... ou nem tanto

Falemos hoje de nomes. Em Chinês (no caso, o Cantonense, o dialecto mais falado no Sul da China), claro.
A língua chinesa é monossilábica;  quando se transfere para o Português, não há propriamente uma tradução mas apenas a utilização do som mais aproximado das sílabas que utilizamos.
Por exemplo, os nomes de ruas de toponímia portuguesa: os meus Avós viviam na Rua Francisco Xavier Pereira. Quem quisesse lá chegar e não soubesse, teria de perguntar por “Pe Lei La Kai”, sendo que Kai significa, caminho, rua. Simples? Como os chineses normalmente têm dificuldade em pronunciar os “R”, substitui-se o “R” pelo “L” e está feito. Já perceberam que falamos da “Rua do Pereira”
Mas há situações mais complexas e caricatas: A Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida deu algo como Fei-Lei-La A-Mei-Ta Tai Ma Lou (“Tai Ma Lou” significa grande caminho para cavalos, ou seja, avenida).
O caricato nisto é que os sons utilizados têm um significado, cuja tradução é o seguinte: Fei – gordo; Lei – interesse; La – (sem tradução, é uma partícula que se usa apenas para dar ênfase…); A – feio; Mei – bonita; Ta – bater. Muito esclarecedor… Certo?
Se gostaram, vai outro exemplo: a Rua Afonso de Albuquerque é representada em Chinês pelos seguintes sons: A-Fong-Sou A-Pou-Ké-Kei Kai; traduzindo: A – feio; Fong – abundância; Sou – sementes; A – feio; Pou – pano; – partícula final (sem tradução); Kei – alicerce; Kai – rua.
O que houve foi apenas a reprodução dos sons e mais nada.
Vamos ficar hoje por aqui.
Como última curiosidade, a gravura apresentada, cujos caracteres foram desenhados no Pavilhão de Macau na Expo 98, representa, supostamente, o meu nome “Reinaldo”.
Não tive coragem para pedir que me traduzissem os respectivos caracteres.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dedicatória



A fotografia foi tirada quando fiz um ano. Estou ao colo da que nos dias de hoje se designa por ama. Naqueles tempos era, sem nenhum sentido pejorativo, a minha criada.
Era muito nova quando deixou a sua terra no interior da China imensa para procurar trabalho em Macau, numa viagem nunca isenta de risco. A entrada tinha de ser feita por mar, a guarda marinha chinesa não facilitava e a pirataria era ainda uma realidade.
Já não retenho o seu nome. Sei que gostava muito dela. Tomou conta de mim com verdadeira dedicação, desde que nasci até eu ingressar na Escola Infantil.
Pouco depois, regressou à sua aldeia natal. Mas todos os anos fazia uma viagem a Macau para nos visitar. Nunca casou, vivia com os pais. Chegava sempre cedo, num fim-de-semana e passava um dia inteiro comigo. Os nossos reencontros eram sempre muito emotivos, plenos de beijos e abraços. "O menino Neneto está tão grande!...". Eu rejubilava com isso. Íamos passear os dois, almoçávamos fora, comprava-me pequenas guloseimas e assistíamos a uma sessão de cinema da tarde.
A última vez que vi, tinha 8 anos e já frequentava a Primária. Foi o ano em que o meu Pai regressou a Portugal e viemos com ele.
Tenho muita pena de não me lembrar do seu nome. A ela dedico o video-clip que retirei da net.
E se a memória não me falha fica também um Muito Obrigado em Cantonense: "Tó Tzé".
(fotografia tirada no dia 16 de Julho de 1950)



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Laço Branco

Está anunciada a estreia de um filme austríaco que vem galardoado com a Palma de Ouro do Festival de Cannes e cujo título é "O Laço Branco".

Isto fez-me lembrar uma tradição familiar iniciada por Avó-Má. Todos os elementos masculinos da família (filhos e netos), no dia da 1ª Comunhão levavam no braço, como era hábito, um laço branco.
Quando foi a minha vez, já tinha passado pelos braços dos meus quatro tios maternos e por um número indeterminado de primos mais velhos.
Era um laço de cetim branco, um pouco amarelado do tempo que Avó-Má guardava com todo o desvelo numa caixa de cartão, entre folhas de papel de seda branco. Só era colocado no braço do "primo-comungante", uns minutos antes da cerimónia religiosa e logo após as fotografias da praxe, voltava rapidamente à caixa até à próxima utilização.
Era um laço excepcionalmente pesado. Nas duas pontas existiam umas largas franjas de fios de ouro lavrado pela própria Avó-Má. Usar o laço branco com a franja de fios de ouro, era um motivo de orgulho para todos os rapazes da família.
Durante a 2ª Guerra Mundial, quando as dificuldades financeiras atingiram a Família e todos os bens materiais começaram a ser vendidos e empenhados para nunca mais serem resgatados, o laço branco da 1ª Comunhão, com os fios de ouro, nunca saiu da caixa, a não ser para cumprir a sua função.
Já perdi o rasto do referido objecto; mas, se a vontade de Avó-Má tiver sido cumprida, terá passado para o filho mais velho, o meu tio César, que entretanto já faleceu. Se a tradição se cumpriu o meu primo mais velho, de nome Leonardo, deveria ser, actualmente, o fiel guardião do laço branco de 1ª Comunhão dos Amarantes..

Na segunda fotografia, estou entre o meu Tio/Padrinho César (de fato branco) e o meu Pai. No meu braço esquerdo é visível o laço branco com a franja de ouro.

A tradição já foi...


A minha Tribo aumentou. Acrescentei mais um nome à minha Árvore Genealógica: a minha filha mais velha entendeu que era chegado o momento de bater as asas e nidificar com o seu Companheiro para outra freguesia...

Antigamente essa saída fazia-se pelo casamento. Hoje os tempos são outros. Com alguma nostalgia vejo-a partir, mas por outro lado sinto-me confortado do facto de ser o seu desejo e, abusando do lugar comum, em vez de perder uma filha ganhei um filho.


Os meus Avós casaram pela Igreja Católica, numa cerimónia canónica tradicional. No entanto, nessa altura, em Macau, os Chineses ainda celebravam os esponsais segundo um ritual complicado, que segundo Avó-Má contava, começava logo no nascimento dos futuros noivos, quando o casamento era combinado.

No dia aprazado, depois de muito consultar os oráculos para obter as boas graças do deuses, a noiva chegava, de cara coberta, à casa dos pais do noivo, onde passaria a viver, numa cadeirinha transportada aos ombros por homens.


O noivo recebia-a à entrada. A transposição da soleira da porta era feita às costas de uma velha (...). Esse momento era marcado com uma simbólica paulada pelo noivo na cabeça da noiva, como sinal de supremacia e autoridade do primeiro e de obediência e submissão desta última. Mais recentemente, a paulada foi substituída por um toque com um leque de penas. Mas essa "modernice" não era bem vista pelos mais ortodoxos que a consideravam um sinal de fraqueza.

A partir daí a nubente passava a obedecer, hierarquicamente, à sogra, depois, às cunhadas, mulheres dos irmãos mais velhos do marido, se fosse o caso. A família da noiva deixava de existir.
(fotos da net)