Os media falaram muito na semana que passou nos 20 anos da Queda do Muro de Berlim. Foi como se de repente, o mundo tivesse acordado para as dezenas, senão centenas de Muros que retalham a nossa Aldeia Global. Tão importantes, ou mais ainda, são os Muros Invisíveis que separam as Pessoas e que estão na origem de mais muros reais a separarem, a cercearem a liberdade.
"Nos meus cadernos de aluno
Na minha carteira e nas árvores
Sobre a areia e sobre a neve
Escrevo o teu nome
Em todas as páginas lidas
Em todas as páginas em branco
Pedra sangue papel cinza
Escrevo o teu nome
Sobre as imagens douradas
Sobre as armas dos guerreiros
Sobre a coroa dos reis
Escrevo o teu nome
Nas selvas e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No eco da minha infância
Escrevo o teu nome
Nas maravilhas das noites
No alvo pão de cada dia
No matrimónio das estações
Escrevo o teu nome
Nos meus farrapos de azul
No pântano sol alterado
No lago luar vivente
Escrevo o teu nome
Nos campos do horizonte
Sobre umas asas de pássaro
Sobre o moinho das sombras
Escrevo o teu nome
LIBERDADE"
(Paul Elouard)
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