Tinha eu 19 anos, quando os tanques do Pacto de Varsóvia (URSS) invadiram Praga no dia 20 de Agosto de 1968. Ano de grandes transformações sociais (lembremo-nos de Maio de 68), a Checoeslováquia vivia a euforia de uma primavera política toda feita de um Socialismo de rosto humano, quando a força das lagartas comunistas esmagaram tudo à sua passagem. É evidente que o nosso regime de então não deixou de aproveitar o facto, apesar das notícias terem chegado muito filtradas. Dessa época ficou-me o gesto heróico de um estudante, IAN PALACH, de 20 anos, que se imolou pelo fogo, em protesto, numa das artérias principais da cidade em 19 de Janeiro de 1969.
Hoje, quando vejo a nossa juventude, tantas vezes, sem rumo nem objectivos ou ideais aparentes, lamento que Ian Palach e o seu sacrifício não sejam mais conhecidos.
Fotografias da Net: Ian Palach e o monumento na Avenida Wenceslas no local onde caíu.
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