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domingo, 15 de agosto de 2010

Elvis Presley em Macau


No dia 16 de Agosto passam 33 anos que se calou uma das vozes mais famosas do pop-rock mundial.
Teria eu entre 8 e 9 anos, quando o fenómeno Elvis Presley atingiu um dos seus picos. Macau, onde vivia ainda, tal não passou de lado. Os adolescentes deixavam crescer o cabelo, penteando-o com a famosa popa armada com “Brylcreem” (marca de brilhantina). Meio mundo juvenil queria tocar guitarra e cantar meneando as ancas. Pela primeira vez apercebi-me o que era o choque de gerações. Tinha dois amigos, filhos de um casal das relações dos meus Pais, que eram mais velhos que eu, que receberam um ultimato paternal: ou cortavam o cabelo ou ficavam sem guitarra e os discos de Elvis seriam proscritos da casa.
Na Escola Central (a primária que frequentava), como éramos novos demais para esse tipo de guerras, dividíamo-nos em dois grupos: os fans de Elvis Presley e os admiradores de Pat Boone, cantor mais “soft” e com mais aceitação nos meios familiares. Chegávamos a fazer listas nominais para ver quem tinha mais nomes de apoiantes.
Curiosamente, em 1958, quando viemos viver em Portugal, o fenómeno Elvis era quase despercebido. A rádio passava uma ou outra canção, normalmente as mais lamechas, tipo “Love me tender” e pouco mais. As jeans e os blusões que eram as imagens de marca do “Rei” nem se encontravam à venda em Lisboa. Por cá a música era outra…

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