Com dois grandes jogadores de futebol na Família (os meus Tios César e Hugo), devo confessar que, apesar de Professor de Educação Física, Futebol nunca foi o meu forte. Sei o necessário para as aulas e a partir daí reduzo-me à minha auto-reconhecida insignificância.
As razões vêm de longe, quando fui para a 1ª classe. Como todos os catraios, os tempos livres eram dedicados ao “dez de cada lado e termina aos vinte”…
Quis a sorte (ou o azar), que a primeira vez que a bola veio aos meus pés, o chuto deu-lhe efeitos tais que seguiu uma trajectória curva a fazer inveja a qualquer Ronaldo da actualidade e acertou mesmo ao meio do vidro da janela de uma das salas de aula da escola. Tão depressa começou, acabou o jogo nesse dia, ficando eu sozinho frente ao buraco por onde entrou a bola.
Nada me aconteceu do insólito golo. Houve muita compreensão por parte da Directora da Escola, que apenas informou a minha mãe do sucedido.
Mas dentro de mim, começou um processo, não direi de anti-futebol, mas nunca mais joguei voluntariamente o dito Desporto-Rei. Gosto de ver alguns jogos. Vibro quando a Briosa (4 ever!) ganha. Sou admirador de Garrincha e de Eusébio e já chorei quando a Selecção ganhou.
De resto, nunca entendi o prazer de “dar uns toques na menina” e dos “solteiros e casados”. Talvez por isso me tenha dedicado a outras modalidades, consideradas pobres e gostasse de ter tido mais oportunidade de praticar algumas actividades radicais.
Caricaturas: Eusébio e Garrincha (da Net)
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